quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

tHis time Of the year reminds mE ...

não só faz parte da minha (nossa) cultura.. como é inevitavelmente, uma das inúmeras memórias da minha infância...
há não muitos anos atrás, ainda era uma criança.. e esta altura do ano era marcada pela ida ao carnaval mais antigo do país (loulé), íamos ver os 'cabeçudos'; apanhar os rebuçados e saquinhos de serradura, que nos eram 'atirados' dos carros alegóricos.. dançar, rir e saltar...
Mas, antes de tudo isso o caminho era percorrido com ansiedade. Era um caminho, todos os anos, brindado com pequenos 'mantos' brancos que pairavam na palnície à beira da estrada... muitas vezes acompanhados pelo cheirinho a terra molhada (que a mãe adora).
Os anos passaram, o carnaval e o 'crescer' deram lugar a diferentes formas de o festejar, embora sp com o rigor da ocasião. Hoje, sempre que vejo uma amendoeira em flor, recordo esses tempos e esse caminho que percorria... o carnaval da minha infãncia :)
Espero k se tenham divertido!

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

love in a whisper...

adoro esta cena..
a simplicidade dos gestos e, no entanto, a intensidade do momento..
'less is more'

domingo, 15 de fevereiro de 2009

AllegOria [acto IV]

[Mar de Emoção]
(...)
- Já sei! Podias podias dar-nos boleia para longe daqui. Conseguirias passar a tempestade. És um golfinho e os golfinhos são muito bons nadadores. E são inteligentes também. Aposto que sabes, exactamente, onde há terra.
- Eu podia faze-lo, mas não o farei.
- Porque não?
- Porque quando se dá um peixe a um homem, da-se-lhe alimento uma vez. Quando se lhe ensina a pescar, da-se-lhe alimento para toda a vida. É por isso. (...) Só as posso ajudar ensinando-as a ajudarem-se a vós próprias. (...) Algumas pessoas têm que bater no fundo antes de estarem dispostas a aprender a salvar-se. E, mesmo então, algumas não se arriscam a tentar. (...) A única segurança duradoura é a segurança de sabermos que podemos tomar conta de nós próprios. (...) Acalmar a mente face à turbulência é uma lição dificil de aprender mas importante. Raramente nos sentimos em paz, se a paz depender sempre de nos encontrarmos em mares calmos. Ajuda concentrar no que se pode fazer em vez de no que não se pode fazer. (...) O mar e a vida têm muito em comum. (...) A Natureza é muito generosa para os que obedecem às suas regras simples. (...) Qd se vive em harmonia com a Natureza, a vida corre. Conseguem sentir isso?
- Sim, sim. Sinto! - gritou Vicky. A chuva fina parou, as nuvens escuras abriram-se e o sol apareceu a brilhar. - Olha um arco-íris! - disse Vicky, entusiasmada, olhando para o céu aberto entre duas braçadas. - Estou tão contente por aquelas nuvens escuras e aquela chuva se terem ido embora.
- É preciso haver sol e chuva para fazer um arco-íris, Vicky. - notou Dolly.
- Facto que vale a pena recordar. (...)
- Podes dizer-me se devo nadar para o arco-íris por alguma razão especial? - perguntou, hesitante, a Dolly.
- Porquê procurar respostas nos outros quando elas estão no nosso próprio coração?
A mente recordou-lhe o tempo em que se sentia atraida pela árvore do monte para além dos jardins do palácio. Fora no dia em que necessitara tão desesperadamente de encontrar Doc. E ele estivera lá. Agora precisava encontrar terra. Estaria algm a tentar dizer-lhe algo? Olhou mais uma vez para o arco-íris. O seu coração começou a bater enquanto os olhos se fixavam na faixa vermelha. Era da cor exacta das suas amadas rosas!
- É aquele caminho que vou seguir - anunciou a Dolly.
Naquele momento surgiu ao longe um pedaço de terra. Vitória ficou espantada. - De onde surgiu aquilo? Não estava ali antes!
- Estava sim replicou Dolly.
- Então, porque é que não conseguia ver?
- Porque o receio e a dúvida tornam-nos cegos para o que é óbvio.
- Queres dizer que esteve sempre ali mas eu não conseguia ver por ter demasiado medo?
- Sim. E duvidaste da resposta do teu coração.
- Não compreendo. O doc disse, uma vez, que eu não conseguia ver o caminho da verdade porque não estava preparada para o ver. Tu dizes que não vi a terra por ter demasiado receio e estar cheia de dúvidas. Assim, não é o facto de não estarmos preparados ou de termos receio e dúvidas que nos torna incapazes de ver?
- São ambos. Quando se tem receio e dúvidas, não se está preparado. (...)
- Teremos saudades tuas, Dolly - exclamou a princesa.
- Aqueles que levamos no nosso coração estão sempre perto - disse Dolly, pestanejando. - Lembrar-me-ei sempre de ambas. (...)
O mar estava calmo. Acolhedor. Cheio de esperança. (...) Uma súbita vaga de energia invadiu-a e uma sensação de paz percorreu-a tal como as suaves ondas nas suas costas.

... [continua]

In: "A Princesa que acreditava em contos de fadas"
Marcia Grad, Ed. Presença

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

sabedoria ...

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.

Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades.

O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.

E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto:
Que não se muda já como soía.


Luiz Vaz de Camões

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

AddictioN

Tudo na vida tem um lado bom, mesmo as coisas menos boas..
O lado bom de estar 'disponível' n termos horários a cumprir (o k normalmente se tem qd se tem um trabalho) é podermos orientar, ou não, o nosso tempo livre.. confesso k ainda n me adaptei bem a este 'estado d alma' e ainda nao o uso da maneira mais produtiva que poderia..
Uma das consequências desta condição é que me tornei habitué do canal foxLife e com ele fiel à série 'Anatomia de Grey'. Tornou-se uma constante, um ponto alto da minha rotina. Em tantas situações revemo-nos nas histórias paralelas que por ali acontecem.. Sp adorei séries, e a do momento, para mim, é sem duvida esta! (se bem que outras tantas me acompanham nesta nova, estranha e por vezes desanimadora jornada).
N é novidade p ngm, mas msm assim, aqui deixo o principio (do fim) de muitos capítulos que são uma verdadeira AddictioN para os sentidos!

Fikem Bem!

domingo, 8 de fevereiro de 2009

allegOria [acto III]

"O caminho da verdade"
"(...) -Tenho medo de me perder - disse ela.
- Não serias a primeira a faze-lo. Mas não tenhas medo. O teu coração sabe o caminho. (...) Não se pode aprender a verdade com os outros. Deve descobrir-se por si próprio.
(...)
Ao aproximar-se da árvore, a princesa viu Doc., de chapéu de palha na cabeça, empoleirado num ramo baixo tocando o seu banjo. Ouviu a sua voz suave, cantando:

Não tenho palácio, não tenho cavalo,
porém, estou a voar no rumo certo.
Tenho as árvores verdes e o céu azul,
ora, isso pode ser um começo para ti.

- Grande começo é este. Sinto que acabei - exclamou a princesa, olhando para ele tristemente. - É dificil acreditar que haja algo a esperar.
- Oh, mas há princesa! - respondeu Doc. - Embora seja, sem dúvida, difícil para ti acreditar agora, tens muito a esperar... pois quanto maior a dor, maior a oportunidade.
- Oportunidade? Para quê?
- Neste caso, para uma maravilhosa vida nova. Hoje é o início da tua.
- Não parece nada - retorquiu a princesa. - Não quero fazer isto. Desejava tanto que não fosse preciso. Mas sei que tem de ser.
- A capacidade de fazer o que é melhor quando é diferente do que se quer é sinal de maturidade - disse Doc. descendo até ao chão. - Claro que isso não torna as coisas mais fáceis.
(...)
- Porque é que nunca o vi antes?
- Alguma vez tiveste, realmente, vontade de olhar?
- Não, acho que não tive - replicou, olhando o caminho. - Não consigo ver onde acaba.
- Não acaba.
- Não acaba? Mas como saberei que estou a ir na direcção certa se não csgo olhar para onde deve acabar?
- Há sinais. Infelizmente, as pessoas nem sempre os lêem. Por vezes são dificeis de ver. Procura cuidadosamente os sinais.
- Parece muito difícil - disse a princesa. - posso magoar-me. Ou perder-me. Ou as duas coisas.
- Já te aconteceram as duas coisas e sobreviveste. Também sobreviverás a isto.
- Penso não ser suficientemente forte para passar por tudo isso. Ficarei demasiado fraca para prosseguir - opôs ela, assustando-se cada vez mais à medida que o tempo passava.
- Pelo contrário - replicou Doc. - Quanto mais passares, mais oportunidades terás de ficar forte. Lembra-te do que te disse acerca da dor e da oportunidade. (...)
- Deves seguir o caminho aconteça o que acontecer e procurar a verdade (...) Encontrarás paz e serenidade e aprenderás o segredo do verdadeiro amor - do género com que sonhaste toda a tua vida. (...) Vai querida princesa, e lança as sementes da verdade de que crescerão a paz, o amor e a felicidade.
(...) "
... [continua]


In: "A Princesa que acreditava em contos de fadas"
Marcia Grad, Ed. Presença


'A praia do destino' [book]

Após ter devorado 'A princesa que acreditava em contos de fadas', fui resgatar um amor antigo. Já namorava este livro desde o verão e, agora que o comecei a ler, parece-me ser uma história emocionante, que transpira paixão e sensualidade, a descoberta do amor.. embora quebrando todos valores estabelicidos! Ou não fosse o fruto proibido, o mais apetecido...

Vai ser parte dos meus dias nos próximos tempos.. :) aqui vos deixo um cheirinho:

» Fortune's Rocks ; 'A praia do destino' (adaptação em portugês) [1999]
É um romance da autora Anita Shreve. A trama passa-se numa casa de praia, na costa de New Hampshire, que foi em tempos um convento. No Verão de 1899, Olympia Biddeford, uma jovem de quinze anos, confiante, inteligente e previligiada passa férias na casa da sua familia em Fortune's Rocks. Olympia apaixona-se pelo médico, jornalista, e amigo da familia, John Haskell, casado e com 41 anos de idade. O seu caso apaixonado, e a consequente descoberta, gera um filho e conduz a uma série de consequências que perduram várias décadas.
Espero k tenham tido um bom fim-de-semana. :)

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

allegOria [acto II]

"guia para viver feliz para sempre
(...) Nos dias seguintes, a princesa andou sempre com o livro do Doc., lendo uma página aqui e um parágrafo ali, sempre que tinha oportunidade. Era como o "guia para viver feliz para sempre" tivesse sido escrito só para ela. Vitória sublinhou as partes importantes a vermelho. (...)
Capítulo III : «Discussões Acaloradas e Silêncios Gelados», dizia: «As palavras podem magoar tanto como um punho. Deve tentar afastar-se.» Isso era realmente verdade. Embora não fossem visíveis, a princesa tinha nódoas negras para prová-lo. (...) »A felicidade é uma escolha. (...) Continuou a ler: «Uma vez a escolha feita, deve procurar, o melhor possível, ser feliz, mesmo que tenha que fingir até conseguir.» (...)
- Doc... Doc... onde estás? Por favor, preciso de ti - lamentou-se olhando em redor. Não vendo o mocho em parte alguma, começou a tremer. E se não o conseguisse encontrar? Que faria? - Doc., preciso de ti neste momento. Já, por favor!
-A impaciência, querida princesa, nada mais é que ignorância do que deve acontecer neste momento - disse Doc. surgindo do nada.
- Oh Doc. estás aí. Graças a Deus! Não sei que fazer. Nada resulta. Ou antes nada não resulta... quero dizer... Oh, Doc.! tentei tanto durante tanto tempo... de que serve? Desisto.
- É melhor ceder que desistir.
- Que queres dizer? - perguntou ela.
- Desiste-se devido ao desespero mas cede-se devido à aceitação.
- Aceitação?
- Sim. Aceitação das coisas que não se podem alterar. (...) Há sempre escolhas - replicou Doc. - Mas mudar outra pessoa não é uma delas. (...) Podes escolher não reagir as coisas que ele diz e faz. Seguires a tua vida o melhor que puderes e viveres tão feliz quanto for possível, aceitando que ele continuará, provavelmente, a dizer e fazer o que tem dito e feito. (...) Podes escolher não estar onde o principe estiver. (...)
- É tudo uma confusão. Nada é como eu pensava. Toda a minha vida está a ruir e eu não tenho forças para o impedir. (...)
- E continuarás a estar esgotada e a tremer e agitada até decidires se ficas ou sais e aceitares o que escolheres. (...)
- O amor sabe bem - afirmou Doc. - Se não sabe bem, não é amor.
- Mas parece amor.
- Se sentes dor mais frequentemente que felicidade não é amor. É outra coisa. (...)
- Sei que tenho que partir, mas para onde?
- Continuarás no caminho da Verdade. (...)
- Bem já aprendi algumas coisas sobre a verdade - aceitou a princesa calmamente.
- A verdade é que os contos de fadas não se realizam e viver feliz para sempre nada mais é que um sonho infantil.
- Pelo contrário princesa, os contos de fadas tornam-se efectivamente realidade - replicou Doc. - Mas muitas vezes são diferentes do que pensamos no inicio. O teu final feliz espera-te no caminho. (...) "

... [continua]

In: "A Princesa que acreditava em contos de fadas"
Marcia Grad, Ed. Presença

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

vicky cristina barcelona




[GOSTEI DO FILME] ADOREI A BANDA SONORA!!!
Embora ja conhecesse esta gitarra de outros tempos.. esta e todas as outras musicas dão corpo a esta história e quase nos fazem sentir que estamos mesmo em barcelona! 'Me Gusta MuchO!'


quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

allegOria [acto I]

"era uma vez uma princesinha delicada, de cabelos dourados, chamada Vitória, que acreditava de todo o coração que os contos de fadas eram verdadeiros e que as princesas viviam felizes para sempre. Acreditava na magia dos desejos, no tiunfo do bem sobre o mal e no poder do amor... (...)

(...) Mas, para a princesa, o ponto alto da noite foi o brilho que viu nos olhos do principe e sentir que brilhavam para ela ... ele apertou-lhe a mão, gentilmente, na sua forma especial de dizer, em silêncio, «amo-te». Tudo estava certo no mundo.
(...)
De inicio o feitiço dominara o principe apenas de vez em quando e só durava alguns minutos. Porém, à medida que o tempo passava, aparecia mais frequentemente
e durava horas ou dias. Qd o Sr. Escondido desaparecia, a princesa sentia-se como se tivesse sido espezinhada por um cavalo enlouquecido. E cada vez levava mais tempo a recuperar. (...) acontecia de novo... e de novo... e de novo. Cada vez que o Sr. Escondido voltava, parecia mais malévolo do que antes. O Sr. Escondido era tão critico como o Dr. Risinhos era compreensivo, tão ofensivo como o Dr. Risinhos era amável (...) tinha prazer em magoá-la... e sabia faze-lo.
(...)
Algum tempo depois, passava mais tempo a esperar pelo seu Principe Encantado do que a estar com ele.
(...)
- (...)
Tens de me ajudar Doc. Tentei tudo. Nada resulta.
- é verdade Princesa. Nada resulta. (...) eu realmente sei de algo. É nada.
- Nada?
- Sim, nada.
Vitória franziu a testa, enquanto pensava no que Doc. dissera. - Não fazer nada?
- Sim princesa. Nada é algo que ainda não tentaste. Deves parar de fazer tudo e começar a não fazer nada. (...)
- Não posso simplesmente fazer nada!
- Se não fizeres nada, estarás, na realidade a fazer algo - algo que ajudará oprincipe tirando-te o seu caminho. (...) o principe está demasiado ocupado a pensar o que está de errado em ti para ver o que está errado nele. se não fizeres nada é provável que ele compreenda que está a fazer algo. "
[continua...]

In: "A Princesa que acreditava em contos de fadas"
Marcia Grad, Ed. Presença