quarta-feira, 11 de março de 2009

amizade ...

Vale a pena ver
castelos no mar alto
Vale a pena dar o salto
pra dentro do barco
rumo à maravilha
e pé ante pé desembarcar na ilha
Pássaros com cores que nunca vi
que o arco-íris queria para si
eu vi
o que quis ver afinal

É tão bom uma amizade assim
Ai, faz tão bem saber com quem contar
Eu quero ir ver quem em quer assim
É bom pra mim e é bom pra quem tão bem me quer
Vale a pena ver o mundo aqui do alto
vale a pena dar o salto
Daqui vê-se tudo às mil maravilhas
na terra as montanhas e o mar as ilhas
Queremos ir à lua mas voltar
convém dar a curva
sem se derrapar
na avenida do luar

S. Godinho

» Belas recordações me trazem esta música... :)
Como diria o Manjerico "..soia toia soia.."

segunda-feira, 9 de março de 2009

american[female]ICONS

A propósito do dia da mulher, a revista americana GLAMOUR decidiu seleccionar ilustres convidadas, para uma produção fotográfica a titulo de homenagem às ilustres mulheres que se transformaram em icones da história americana, e não só.
Não que eu pese muito esta data, bem como outras semelhantes [o dia da mulher é sempre que nos apetecer homenagear as mulheres da nossa vida e a importância que têm para nós.. não necessita de um dia estabelecido para o fazer] .. Achei a ideia interessante e a intenção nobre. Fez-me pensar que teria sido agradável algm ter pensado em algo semelhante para honrar os nossos icones femininos portugueses... apesar de tudo que 'a má lingua' diz..
o que é Nacional
(foi e ainda) é BOM!
(quem sabe ainda surge um post acerca disso) :) eheh

"7 Decades of Rule Breakers, Risk Takers & Style Makers" by: Gmlamour magazine

link » http://us.glamour.com/magazine/2009/03/american-icons?slide=1

» Boa Semana!

quinta-feira, 5 de março de 2009

menos é MAIS!

[Ainda acontecem coisas que me surpreendem! :) _e ainda bem que sim]

Após ter expressado o meu 'apreço' pela máxima 'less is more' num post anterior, 'tropecei' num artigo da REVISTAÚNICA do jornal Expresso, que nos situa sobre a sua origem e enfatiza o valor de ser 'Mini' na sociedade actual, bem como o conceito brilhantemente defendido por Mies Van der Rohe.

"nunca a filosofia-base do minimalismo esteve tão próximo da realidade quotidiana. Reduzir a arte à sua essência é como viver hoje com os mínimos recursos. A máxima de Mies van der Rohe, o pai do minimalismo no domínio da Arquitectura. Serviu de base à sua filosofia de construção simples, despojada, limpa, reduzida na utilização de materiais e assente nas funções essenciais de cada edificio que desenhava. "Menos é mais", dizia. O que significava, sobretudo, que cada estrutura necessitava apenas de dois elementos fundamentais: 'pele e osso'. A ideia, vinculada de década de 40, não podia ser mais actual nos dias de hoje, estendendo-se não só à arquitectura e ao design, a que deu novo fôlego, mas a toda a filosofia de vida em tempo de crise. Os parâmetros estéticos preconizados pelo arquitecto alemão não surgiram isolados. Nas primeiras décadas do séc. XX, Le Corbusier e Walter Gropius já desenvolviam e punham em prática teorias semelhantes, às quais Mies van der Rohe não estava alheio. O conceito era também partilhado por artistas plásticos como Piet Mondrian. Mas o amadurecimento do conceito e a sua interiozação plena pelas várias comunidades criativas acontece nos anos de 1960 e 1970. Os EUA, acolheram Van der Rohe em 1937, reagiam contra a subjectiviade e emotividade que caracterizava o expressionismo abstracto dominante na década anterior. Tudo o que era acessório estava a mais. O supérfulo deixava de fazer sentido. O adorno transformava-se numa espécie de obscenidade. (...)
A arte minimal é despojada, prescinde do acessório, recusa o supérfulo.
"

» artigo, REVISTAÚNICA do Jornal Expresso, 28.02.09 por: Alexandra Cabrita


Este conceito parece-me muitissimo adequado à realidade que vivemos no presente. Concordo em pleno com as palavras da autora do excerto que vos apresento. Nesta atmosfera de contenção, onde todas as conversas entre familiares ou amigos acabam inevitavelmente no tema: 'CRISE'! A estratégia que nos resta será mesmo a de reduzir ao máximo os excessos, limitar a nossa existência ao que realmente é indispensável, e estar atento às oportunidades que destas necessidades surgem. Oiço muitas vezes dizer: 'tempos de crise, são também tempos de grandes oportunidades' ... confesso que tenho um pouco de dificuldade em vislumbrar esta perspectiva na sua totalidade, tlvz levada por um certo pessimismo! Mas não será tlvz essa mesma perspectiva que distingue quem realmente sobrevive e re-ergue das cinzas em tempos como estes? procuro estar atenta e tento combater o pessimismo! pois acredito que haja um fundo de verdade nisto tudo! Vivemos numa cultura de consumo, o que dificulta esta abordagem como tentativa de melhorar a qualidade de vida, reduzir gastos, ultrapassar da melhor forma a crise global que se instalou. Desenvolvemos hábitos, vícios muitos deles supérfulos e dispendiosos, com os quais nos acostumámos a viver e que nos ludibriam, fazendo-se passar por 'indispensávéis'. Perante esta realidade, a filosofia do 'less is more' não podia ser mais adequada à realidade destes tempos! Vivermos centrados sobre a essência das coisas e do mundo, das suas reais necessidades é talvez a melhor resposta.